terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ontem.

Acordei agora
Não dum sonho,
Como um sonho normal.
Não estou deitado,
Nem sequer a dormir!

Acordei sim de uma vida
Que passou
E mais não deixa
Que uma lágrima
A correr pela bochecha
De quem a recordou.

Não ouso precisar
O conteúdo da lágrima
Nem sequer a razão.
Será de alegria,
Por ter terminado?
Ou um sentimento resignado,
Que me deixa numa lástima?

Creio ser de alegria,
Deixar para trás o passado.
O bom, o mau,
Morto e enterrado.

Sim, é de alegria!
Da liberdade,
Da loucura
Daquele que ria,
Da ternura
Do velho na mocidade.

Não mais serei eu!
Preso a mim.
Preso ao amor,
Que chamei teu
E com dor
No fim morreu.

Ahh, soltem as aves!
Abram as nuvens.
Pintem o céu de cores miríades.

Não volto a esperar por ninguém!
Desta pergunto: "Vens?"
E parto sem esperar encontrar alguém.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Ahh, soltem as aves!
Abram as nuvens.
Pintem o céu de cores miríades."

Sim, soltem as aves, deixem viver a liberdade!

pode doer, Bubu, mas, que há de melhor que a liberdade?
nn.