sábado, 15 de dezembro de 2007

Para...

Vejo o teu cabelo
Ondular na suave
brisa de Verão
Leve, sedoso
Como que os ramos
Dum pinheiro frondoso
Se agitam ao cair do serão.

A luz dos teus olhos
Ilumina-me a vista
Traz luz a minha escrita
E movimento a caneta.
Que dum assomo de pressa
Deixa estas letras
Num caderno de folhas.

Mas é do teu sorriso
Da beleza da tua face
Que sinto saudade
A falta do calor que sinto
Quando sem contar
Sinto o teu sorriso
Tocar em mim.

Gostava de dizer
Sinto a falta do teu beijo.
Mas não posso sentir perda
De algo que nunca tive.
Mas imagino!
Com toda a forca
Que em mim vive.
Quase vejo e sinto
O teu toque de seda
O sabor do teu beijo
No sonho do meu desejo.

Para:
Uma mulher
Não uma qualquer
Mas aquela
Que só pode ser bela
Aos olhos do meu desejo
Da qual anseio o beijo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Enquanto dormias

Sonhei contigo
A maneira como o teu
cabelo, perfeito, se moveu
na caricia do meu toque
e no suspiro que se seguiu.
Estavas linda, como és,
Serena enquanto dormias.
E eu sonhava
sem saber estar a sonhar.
O teu respirar, leve,
de ar feito. E a delicia
de te sentir expirar.
Que linda estavas!
Como a tua pele, macia,
parecia seda sob os
meus dedos trémulos
de excitacão. Nunca antes
me senti assim. Tu sabes,
perto da perfeicão.
Subitamente o dia nasceu
no teu olhar que abriu e
todo um Sol pleno de luz
e energia raiou iluminando
o meu dia. E a expressão
da tua face ao acordar,
como mil mistérios por desvendar,
não percebeu o meu rosto
de alegria. Como gostava
de explicar a tua perfeicão
Enquanto dormias.

Quem és?

És a essência
De cada linha
Que ao escrever
Me delicia.

A paciência
Que dedico
A esta fantasia
Que é minha.

Da qual és parte
Luz do meu dia
Objecto de arte
Sorriso de alegria.

Fosses tu

Fosses tu uma gota
Salgada de mar
Guardava-te no meu olhar
Para nunca te chorar.

Fosses tu uma rosa
Sentiria o teu odor
Acabava com a dor
Que guardo em prosa.

Fosses tu uma pedra
Ter-te-ia na mão
Para que na dor de coracão
Tivesse onde me agarrar.

Infelizmente
Não te consigo agarrar
Apenas posso desejar
Um dia cruzar o teu olhar.

Corpo

Sinto-me um corpo
Um corpo so, vazio.
Sinto o que me rodeia
Nao sei o que sinto,
Nao tenho alma
Que pense o que sinto.
Sou ignorante por isso
Sinto sem saber existir
Pois tudo o que sinto,
Nao passa de só sentir.

Nada me preenche!
Talvez ja esteja cheio
Do nada, vazio, espaco
Longe vai o tempo
em que estava cheio
E hoje sinto que a minha
vida vai a meio!
Esvaziarei em breve?
Faz sentido esse ciclo?
Nasce, cheio
Chega a meio, vazio
Volta a encher
Para pleno de tudo
Voltar a morrer.

(o resto e para mim e so para mim)