quinta-feira, 16 de agosto de 2007

FÉRIAS

Esta forma de acordar...
Não me lembrava de a sentir.
A leveza do relógio parado,
No olhar alheado
Que teima em soltar.
Apenas me faz rir.

Finalmente o dia tem alegria!
Uma escala de cores
Mergulha a monocromatica rotina
Num mar de dores.
Não ligo! Sinto-me inebriado!
Toda esta efusão embebeda-me a retina.

Um súbito contentamento
Que vem lá do fundo,
Puro, sem razão para sustento.
Enche-me de liberdade.
Livra-me do vazio de preocupações
Do cheiro a bafio das frustrações.
Olha, até se me esquece a idade.

Agora sou navegador
Tenho um Mundo de mares
Repleto de olhares
Que de inveja fazem dor.

Amanhã serei aviador,
O céu será meu.
Voarei com asas de condor
E nas garras de águia
Trarei o sorriso que é só teu.

Tanto poderei ser
Historiador, Guerreiro,
Inspirado poeta,
Louco profeta,
Explorador, um mero Engenheiro
Mas finalmente não estou preso
Aquele lugar de função
Que me deixar ter para não ser.

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