quarta-feira, 25 de abril de 2007

Tormento

Porque sou assim?
Será a solidão de afecto?
O amor e um tecto.
Tecto tenho e dispenso.
De que serve abrigo,
Se não tenho ninguém comigo?

Porque sou assim?
Directo?
Directo, não. Tristemente.
Sou inestético, infelizmente.
Tudo o que sou diverge,
Do que é belo, sábio e aceite.
Faz de mim o louco herege.

Algo em mim é estranho
Sou o maior, melhor
Muito porreiro, altamente...
Continuo sozinho estranhamente.
E não peço paixão,
Luxuria, perdição.
Peço um pouco de amizade
Para matar a solidão.

Sem comentários: