domingo, 24 de fevereiro de 2008

Há dias assim...

Aviso já que não venho para aqui fazer rimas!

Hoje não me apetece rimar... apetece-me escrever. Devia escrever no meu diário... há tanto tempo que não o faco, mas longe vai o tempo em que escrevia mais depressa à mão.

E o tempo nestes dias escasseia. Não que me queixe, gosto de estar ocupado e terei muito tempo para passar o que tenho vivido para as folhas amarelas do meu diário.
Será que alguém um dia o lerá? Que importa...

Tenho pensado ultimamente... e fico confuso. Muito confuso! Gostava de ter a clarividência de alguns filósofos, ou ter disponível aquilo que eles fumavam ou bebiam para poder decifrar tudo o que faco e as dificuldades que passo.

Por vezes parece que tudo é fácil... Vejo que atingi tanta coisa e creio nunca me ter esforcado para o conseguir. Parece que acontece. E subitamente toda a gente fica espantada, alguns com inveja... E nunca sinto que tenha sido nada de especial. Aconteceu...
Não foi preciso nenhum golpe de génio, nem ser um super homem, apenas tentei ser feliz.
E ainda assim sinto-me frustrado. Apesar de ter já cumprido alguns sonhos (coisa que muita gente nunca consegue), de ter visto tanto, de ter feito ainda mais... sinto-me triste.

E de todos os medos que deixei atrás de mim, há um que continua comigo. Tá bem que não falhei ao tentar superar os outros... Mas também nunca tentei tanto superar este sem sucesso. É frustrante conseguir perceber coisas complicadas para a maioria das pessoas, conseguir fazer as pessoas rir, conseguir deixar para trás tudo o que conheci sem certezas, não me intimidar com o desconhecido e mesmo assim não descobrir como superar este empecilho.
Como conseguir sentir-me completo.

Acho piada à maneira como falam de mim... que sou isto, aquilo e acoloutro, quando na realidade sou um pobre infeliz a quem falta aquela peca para completar o puzzle. Aquilo que faco, ou fazia, todos os dias nada mais era do que procurar a peca...
Hoje sinto-me fugir dela. Tenho medo. :(
Medo... triste, não é?

Enfim... como engenheiro já devia saber que a perfeicão não existe.

Senhoras e senhores, foi um prazer!

1 comentário:

Cenoura disse...

É sempre difícil estar longe do 'conhecido'. Quando as 'vistas' e 'os intervenientes' são tão diferentes de nós, pior ainda.
Aguenta aí firme, Amigo! Nós por cá vamos torcendo por ti.
:)